Eles apenas estão lá, a nossa disposição, a nossa espera, prontos para fazer o que se espera deles. Nada mais.
É nossa a escolha, com todos os seus riscos, vantagens e ônus. É a bênção e maldição do livre-arbítrio - nessa ordem, aliás.
Porque é da vida e da liberdade o escolher - o escolher, apenas. Ningúem é capaz de avaliar por antecipação se determinada escolha é melhor que outra, porque não é possível teorizar sobre hipóteses.
Hipóteses são apenas possibilidades, não-existência - apesar do "penso, logo existo..."
Embora isto, vivemos num mundo de possibilidades, luzes e sombras, onde tudo é possível e tudo não passe de "vastas emoções e pensamentos imperfeitos."
Basta fazermos o melhor que pudermos.
Foi mesmo Fernando Pessoa/Álvaro de Campos quem disse:
"Se em certa altura
Tivesse voltado para a esquerda em vez de para a direita;
Se em certo momento
Tivesse dito sim em vez de não ou não em vez de sim;
Se em certa conversa
Tivesse tido as frases que só agora, no meio-sono elaboro -
Se tudo isso tivesse sido assim,
Seria outro hoje, e talvez o universo inteiro
Seria insensivelmente levado a ser outro também."
Porque os caminhos estão lá. Sempre. Dentro de nós mesmos, não cada um de nós neles.
Porque os caminhos estão lá. Sempre. Dentro de nós mesmos, não cada um de nós neles.