sexta-feira, 26 de outubro de 2007

Vigésimo Sexto Capítulo - De Presenças, Chegadas e Partidas

Dois lados da mesma viagem, já diz a canção. O que ela não explica é gente que consegue estar presente, mesmo distante. Porque isto é atributo de poucos e bálsamo nestas nossas vidas que nos levam de um lado para outro, sem prévio aviso.
Guarde nos olhos tudo o que viu, nas papilas o que provou, no coração o que percebeu desta gente, dos sorrisos desta terra e da outra, tão hermana.
E volte, bem-vindo sempre.

quarta-feira, 24 de outubro de 2007

Cecilia Bartoli - Mozart - Nozze di Figaro - Voi che sapete

"Voi Che Sapete" - Le Nozze di Figaro - Mozart

Voi che sapete
che cosa è amor,
donne vedete
s'io l'ho nel cor.
Quello ch'io provo
vi ridirò;
è per me nuovo,
capir nol so.
Sento un affetto
pien di desir,
ch'ora è diletto,
ch'ora è martir.
Gelo, e poi sento
l'alma avvampar,
e in un momento
torno a gelar.
Ricero un bene
fuori di me.
Non so ch'il tiene,
non so cos'è.
Sospiro e gemo
senza voler,
palpito e tremo
senza saper.
Non trovo pace
notte, nè dì,
ma pur mi piace
languir così.
Voi che sapete
che cosa è amor,
donne, vedete
s'io l'ho nel cor

segunda-feira, 15 de outubro de 2007

Vigésimo Quarto Capítulo - Da Outra Primavera


Dos tempos de videogame, dos amigos imaginários, das bonecas e das longas conversas no berço, ficaram a convergência tecnológica, bichos de pelúcia, uma agenda telefônica imensa, as viagens, o trabalho, a vida nova.
Permanecem, sempre, a alegria, o amor pela polêmica, a ternura mal disfarçada, a prontidão em ajudar.
Todas elas juntas num só ser, nesta viagem do dia-a-dia.
Somos todos companheiros de viagem. Alguns ajudam mais, outros menos. Há quem se disponha a ser companheiro de todas as horas - a estes, chamamos de indispensáveis.
Que você só tenha destes em sua vida. De preferência, empilhadinhos...

sábado, 13 de outubro de 2007

Vigésimo Terceiro Capítulo - Das Chegadas

Primeiro foi Laura, depois, as gêmeas - Helena e Carolina, Carolina e Helena, pois há que cuidar de tratar a ambas com os mesmos privilégios - e, agora, o nobre Duarte, filho de Fidalgo e Isabel - tão rainha quanto a de Castela. Crianças que chegam e trazem consigo baldes de esperança.
Cada chegada destas abre um novo caminho que terá que ser por elas mesmas traçado, descoberto, palmilhado.
Que tenham suas vidas pontilhadas por pequeníssimas tragédias e imensas alegrias.
Porque cada chegada destas nos torna a todos melhores, mais capazes de amar, mais conscientes do fato de que, cada criança que nasce renova a fé que todos temos no futuro, apaga as manchas do passado, traz um frescor de dia que começa.
Cada criança que chega é uma possibilidade que torna tudo possível, provável, líquido e certo. Com elas e por elas, somos capazes de tudo, sempre a cuidar de seus passos e a seguir por seus caminhos, também nossos. Bem-vindos, todos.