
Portas, em si, quaisquer que sejam, trazem um certo receio, diferentemente das janelas. Janelas se expõem aos olhos - mesmo as fechadas - e só o que se espera é a invasão de um olhar, nada que ameace quem está por trás da janela, nenhuma responsabilidade para quem olha.
Portas, não. Portas são uma possibilidade, uma escolha, seja para entrar, seja para sair. Escolha feita, decisão tomada, responsabilidade assumida - mesmo que seja a de não sair ou não entrar.
Portas impõem uma atitude, daí sua imponência. Pior, esta imposição deriva da nossa própria fantasia - quem nunca parou diante de uma porta a imaginar o que se seguiria após ultrapassar sua soleira?
Prefiro acreditar que, mais que proteger, portas existem para serem abertas, como os nossos braços, a receber num abraço quem o faça por merecer.
2 comentários:
Abrir a porta e logo em seguida receber com um abraço....
Coisa boa de se viver!
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