segunda-feira, 23 de abril de 2007

Capítulo Décimo Segundo - Das Distâncias

Distâncias dizem respeito a lugares. Às vezes, lugares especiais; às vezes, lugares comuns; às vezes, lugares-comuns. Porque distâncias são sempre estados. De espírito, principalmente.
É tão verdade acordar no meio da noite e ter a certeza de que alguém, distante, está pensando em nós, como viver ao lado de alguém que mora em Katmandu - no sentido figurado ou não.
Porque distâncias se formam não por metros ou quilômetros. Distâncias são feitas por pequenas desatenções, desleixos, todas as minúsculas vitórias do menos importante sobre o mais importante, como os atropelos da urgência sobre o ouvido atento.
Distâncias não existem per se , são criadas por nós mesmos, todos os dias, todos os momentos.
Podem ser aumentadas ou reduzidas - pesquisas recentes provam que um simples sorriso é capaz de compensar milhares de quilômetros em distância, da mesma forma que pensamentos, sentimentos, quereres.
É por isso mesmo que, da janela do sétimo andar, consigo ver Lisboa.

7 comentários:

L de Luis disse...

Olá Flávio.
Só para agradecer a confiança depositada no anjo do lado de cá para receber os seus tesouros. Espero ser merecedor de tamanha distinção e ser competente nas tarefas de anfitrião.
Um abraço do lado de cá.

R de Regina disse...

Empresto os versos de Vinícius de Morais e canto: "eu sei que vou te amar, por toda minha vida eu vou te amar, em cada despedida eu vou chorar o que essa tua ausência me causou. E cada verso meu será pra te dizer que eu sei que vou te amar, por toda minha vida".

Filhinha tb. manda beijos e abraços apertados.

Flavio Valsani disse...

Meu caro,
pelo que vi, receber bem é característica inerente do povo português. De mais a mais, como não confiar nas cortes celestiais?
Um abraço e boa convivência.

Flavio Valsani disse...

De minha parte, em tudo ao meu amor serei atento e sempre, e com tal zelo e tanto, que mesmo em face do maior encanto, dele se encante mais meu pensamento...

R de Regina disse...
Este comentário foi removido pelo autor.
Flavio Valsani disse...

Não se engane. Os de bom coração são tantos, muitos, que apagam os mal intencionados - essa pequena malta barulhenta que só aparece mais por impertinência.
Você está sempre na janela dos meus olhos, assim como teus olhos são o meu espelho.
Saudades.Beijos.

R de Regina disse...

Levarei comigo só o que é bom e verdadeiro.