domingo, 21 de janeiro de 2007

Terceiro Capítulo - Das Perguntas

Perguntas são inerentes à natureza humana. Vão desde o "quem-como-onde-por que" do jornalismo, até as preocupações mais filosóficas do "quem somos, de onde viemos, para onde vamos".
O importante, mesmo, é que elas sempre utilizam tanto as palavras como os silêncios - se bem que silêncios, normalmente, estão mais presentes nas respostas, mas isto já é outro capítulo...
O problema é que perguntas são muito exigentes. Elas existem em função das respostas. Uma pergunta sem resposta é pássaro sem asa, macarrão sem queijo, sono sem sonhos.
Uma pergunta - qualquer pergunta - é uma flecha à procura de um alvo. Ela expõe, acusa, aponta, demanda. Às vezes, é indignada, às vezes é pura incredulidade decepcionada. Às vezes, esclarece, às vezes confunde.
Há oportunidades - irritantes, inclusive - em que perguntas são respondidas com perguntas, uma espécie de resposta travestida que nem esclarece, nem confunde. É como aqueles jogos de tabuleiro em que se cai numa casa que manda o jogador de volta ao início, num eterno recomeçar, independentemente do fato de se mudar de assunto.
Perguntas também são mapas, caminhos, atalhos. Facilitam as relações, promovem entendimento - ou, pelo menos a busca dele...
Nem por isto são mais fáceis. Mexem com toda uma caixa de Pandora, gavetas por arrumar em que você procura um pé de meia específico, desparceirado, solitário, que só existe em companhia do outro.
Como perguntas à procura de respostas.

Um comentário:

R de Regina disse...

Quando sai o capítulo das respostas???????????
Respostas?hahahahahahahaha