domingo, 4 de março de 2007

Nono Capítulo - Das Declarações

Podem ser profissões de fé, protestos de inocência, posicionamentos. Podem ser de amor. Podem aproximar ou manter à distância. Podem deixar marcas irremovíveis ou cair no esquecimento nem bem tenham sido feitas.
O que importa é o uso das palavras e as reais intenções em cada declaração.
Às vezes, parecem mentiras deslavadas, mas são verdadeiras - as intenções, digo. Outras, posam de monumentos da ética e moral, mas não passam de disfarces, fraquezas escondidas, bonitas embalagens para maus produtos.
Uma declaração não vem com bula ou certificado. É a expressão do que se sente na hora, um marcar posição, um sinal de alerta, um fazer questão de esclarecer o que se diz e porque dizê-lo.
Não significa, entretanto, que seja verdade. Pode ser apenas uma intenção, uma promessa, um desejo.
Do ponto de vista de quem ouve, porém, uma declaração é fato. Pode-se crer nela, ou não. O que importa é a existência em si da declaração.
Mesmo que ela se transforme ao longo do tempo, se contradiga, se esvaia.

Um comentário:

R de Regina disse...

Beijos declarados.....